NOSSO OLHAR
Por Bruna Cruz
É quase impossível imaginar uma dor que nunca sentimos, certo? E é mais difícil ainda imaginar como é ter uma marca para o resto da vida se não tivermos nenhuma em nossa pele, não é mesmo? Mas há pessoas, mais do que podemos imaginar, que passaram por essa dor e agora têm que conviver com cicatrizes para sempre. Elas não escolheram passar por isso. E não se resumem a isso. São pessoas como eu e você, com histórias e um futuro que merece ser feliz.
De março a junho de 2018, ouvimos inúmeras histórias de pessoas que sofreram queimaduras graves, que causaram muita dor e deixaram marcas inapagáveis aos olhos dos outros. No entanto, essas histórias vão além do que é visto, superficialmente, na pele. Não é o que os olhos veem, mas o que a alma sente. Não é sobre o “fim” que a queimadura impôs no cotidiano normal de uma pessoa, mas a redescoberta de si próprio através de uma infelicidade.
Em meio a tantos relatos que ouvimos e trajetórias que acompanhamos, percebemos como nossos personagens se mostraram redescobertos consigo mesmos depois do acidente. Redescobertos. No dicionário, nova visão ou interpretação de algo que já se conhecia. Novo olhar sobre si mesmo. O olhar que enxerga o interior intacto, a essência plena, a vida além das marcas deixadas por uma queimadura.
Apresentamos aqui nossos Redescobertos. E as vidas que resistem por debaixo das cicatrizes.
EXPEDIENTE
Bruna Cruz
Émerson Rodrigues
Hannah Freitas
Luis Augusto
Tainã Maciel
Textos
Bruna Cruz, Émerson Rodrigues, Hannah Freitas, Luis Augusto e Tainã Maciel
Edição de áudio e vídeo
Émerson Rodrigues, Hannah Freitas e Luis Augusto
Filmagem
Hannah Freitas e Luis Augusto
Fotografia
Émerson Rodrigues, Hannah Freitas e Luis Augusto
Orientação
Rafael Rodrigues